Na infância, Deus revelava-se-me
em toda a Criação, à qual
tinha minha sensibilidade
de pequena admiradora da Sua Obra.
Não entendia, mas a resposta
foi-me dada na Catequese
de ser Ele o Criador
do mundo em que vivia.
Durante algum tempo
senti-me próxima do seu Amor
mas, a vida, por questões várias
me afastou D'Ele .
Foi um tempo de enorme vazio
na minha vida, no meu ser.
Mais consciente, fui-me reaproximando
de Deus e Ele recebeu-me
amorosamente e minha vida
recomeçou a ter sentido.
Jamais me afastei d'Ele até hoje.
Pela oração amo estar
em conversa com Ele.
A Ele toda a honra e glória,
pelas maravilhas que em mim operou.
Emília Simões
SERIA TÃO BOM QUE NÃO HOUVESSE UM MURO DE SEPARAÇÃO ENTRE NÓS E DEUS.
Se preocupássemos menos com nossa autoimagem,
se fôssemos mais pacientes conosco,
o mundo tomaria outra tonalidade.
Temos medo de sermos reprimidos,
de perdermos nossa identidade.
Existe dentro de nós bloqueios
a impedirem nos revelemos a Deus como somos,
como se Ele não soubesse de nossa realidade.
Nenhum relacionamento se desenvolve
sem sofrimento,
inclusive o com Deus.
Carrego influência, na psiquê
de meus relacionamentos humanos.
A infância me modela no trato com Deus,
recordo-me como era terna com Jesus,
ao fazer minha primeira Eucaristia,
tanta inocência, pureza.
Ele era o meu Deus, sem questionamento,
em criança, tudo era lindo demais,
não mudou agora, já bem crescida.
Tendo carga de relacionamento
dos pais, parentes, amigos,
se não for boa, Ele continuará Bom,
se for birrenta, Ele continuará a me acolher.
Nunca se zanga comigo.
É compassivo, meigo, amigo de verdade.
Muitas vezes, nossa oração é árida.
Não nos relacionamos bem com Nosso Senhor.
Percebo, pouco a pouco, estou me tornando mais cristã.
tenho progresso. Ele me faz ascender.
Minha Imagem fica mais parecida com a d'Ele
em muitos momentos do meu viver.
Sinto-me na direção certa,
fico me conhecendo melhor.
Também a distância encurta entre mim e Ele.
Obrigada, Senhor.
Roselia Bezerra
A fala da Ailime me fez voltar ao tempo de catequese , minha e a dos meus filhos. E também ao tempo de catequista que fui.
ResponderExcluirA vida nos mostra que cada vez mais precisamos próximas d'Ele estar!
Lindo post! beijos às duas, chica
Emília e Roselia, que beleza encontrar essas duas vozes unidas pela delicadeza da fé. Cada palavra de vocês é um convite ao retorno: à infância, à oração, ao Deus que nunca se cansa de esperar por nós.
ResponderExcluirHá algo profundamente comovente nesse reencontro com o sagrado depois de um tempo de afastamento… Vocês traduzem isso com uma verdade doce, cheia de esperança e maturidade espiritual. Que nunca nos falte esse desejo de encurtar distâncias e renovar a confiança no Amor que nos formou.
Com carinho e gratidão,
Fernanda